segunda-feira, 23 de abril de 2012

Aquário sem peixe

Aquário sem peixe, peixe fora d´água, chinelo sem pé, um pé de meia, história sem fim, com muita sede ao pote, os fins que justificam os meios. E não há mais meios para o que há muito teve fim.
Afinal, santo de casa não faz milagre, em casa de ferreiro espeto é de pau, o que não tem remédio remediado está, a sorte de uns é o azar de outros e águas passadas não movem moinhos.

Ao pior cego que não quer ver, antes tarde do que nunca perceber que nem tudo que reluz é ouro, mas que á noite todos os gatos são pardos, E MINHA GENTE! DESGRAÇA POUCA É BOBAGEM!
Mas meu bem, o que aqui se faz aqui se paga, e se cair do chão não passa.
E Eu que reclamava porque não tinha sapatos, me calei quando vi um homem que não tinha pés.





quinta-feira, 19 de abril de 2012

Flecha envenenada

Ai você acorda com a flecha envenenada do seu ombro doendo mais do que tudo, doendo como sempre doeu.
Ela é fria, indiferente racional e nostálgica, aos poucos invisível. Isso te mata, e agonizando todos os dias você nunca morre. Não disso.
No começo é fácil, você grita, sangra, chora e pede pelo amor de Deus aos quatro ventos! O pior vem depois, quando todo mundo esquece, aí já não é mais direito sofrer e seu dever esquecer também.
Mas e se não esquece? E se a gente só acostuma? Vai vivendo desse jeito, sentindo vergonha de sentir, pois vale mais que honra ao mérito quem esquece mais, se engana demais e sente de menos...
E pior do que o pior, é não querer que a flecha seja retirada, não querer apenas uma cicatriz que dói só em dia de frio, porque você sabe que dessa vez ela te acertou no ombro, mas a próxima pode ser no coração, e mesmo assim você não vai morrer. Não disso.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Tarde, tardinha, tardia.

Eu quero o vento, pensamento,sentimento e um momento.
Eu quero o dia, irradia, nostalgia e uma mania.
Um livro e um motivo.
Nenhum amor e uma dor  num outono primavera que me trate como flor.
;**