terça-feira, 19 de abril de 2016

NÓSÓ.

Vã isca do parto
Vão cais aliado
Descame a terra da difame hóstia
Tateando estrados etílicos.
Longe é difícil niilistar
Jiló é desafio ser vinho.
Alpendre dente de peças
pé com pulso em pedras
eco disparo dos que cavoucam no ninho.
No verde dos olhos o abacate, envolvo cuspido ao mascate
afiada estaca nunca há cota e corte em desatino
Diz tantã, quitanda no prato? Quantos conspiraram nuances em seus brados
Desmereço sopros latidos?
Pensamentos parvos escorraçam muitíssimo minha cabra dos coalhos
tosquiei um debate dois trilhos.   

quarta-feira, 23 de março de 2016

RAMA

Já dizia a cor de anis: a verdade é irônica e reflete o azul no mar.
Em dias e noites de nuvem, as cachoeiras e os rios sem pé nem cabeça vêm a essa história contar, me desculpem a ambivalência e a urgência do já, quando forem ouvi-la imaginem uma senhora tranquila que toma muito café e chá:
Por pirraça rara a aldeia Sanguenagua incendeia discrepância aqui e ali à cavalgada.
doze tira 6, trinta e dois, eleva o 3 na jogada.
“As” fuçado e faceiro carta travestida de Chirra: O chaveiro chorando mirra no quarto contrário quis saber o que é Akira.
É de comer? É peixe? É bruma? É leite?
Para de correr menina!
Não cai da terra não!!!
escorre e me fascina do firmamento ao chão...
QQÉ Um Dia? Quem sabe?...
A Amanda não sabe?
E a Luanda sabe?     
Leia me.
Ramos de estrela no Sol, num trovão e num lençol.
Freático.
Frio Ártico!
Akira é um Truta de sobrenome Francê.
E a dúvida incerta, como seta comporta, doa a quem é de doer!
Ariel dos tambores, disse que diz verdades, que se poderia aprender até com maldades, mas to sem lápis pra escrever...



terça-feira, 27 de outubro de 2015

Contras de sonhos

Serve pra contar
mas não pra fazer conta
1 dia vezes 300 rostos
que o norte não aponta
Herói fantasma
Que carga mística você tem?
que sonho e vejo a semana que ainda vem?
Seduz calado
Ilícito elixir dos anos passados
A boca conta o tempo
e o tempo come a gente assado
1 brinde do contra à ela!
Que na paralisia do sono berra!
Conto ou não conto? Ou Guerra?
Te retraio
Perdi as contas
quantas vezes me traio
Sorrindo taciturna de soslaio
Somando o mundo
Sonhando mudo
Vomito orgulho
no dia futuro
até que o sol suba no muro
é que no fim das contas raio

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Asas Fracas

Ansiosa é a calma da esperança e invade a alma
Tatuada pra que eu não esqueça o quanto vale a causa
Se uma tempestade me impede de ver a falha
Menina e mulher reerga-se na fé que é maior que uma muralha
Minha intensidade é bondade que com fraqueza me comparam
Mas mais fraco é o forte veneno que mentes e corações estragam
Se revira meu estômago minha vida e minha casa
Em um único dia sou carvão fogueira e brasa
Solte-me mundo! Que pra ti venho guardando mais de dois metros de asas


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Vitamina

Na engrenagem de tantas e todas as frustrações guardadas enfim, tatuo e auto-retrato, permeio não definir no ato o que não tem nome e se esconde em mim.
Há um confronto entre os que ousam ter compaixão em ser vítima e monstro, quanto mais descubro a luz também à sombra me destronco.
Desistência efêmera por raiva contida na intensidade de uma alma adoecida, descontada as vezes em gole, as vezes em arte, as vezes em vida.
Fascínio na desgraça que liga o sublime olhar dos que amam beleza e carnificina.
Interior rasgado em tiras, insolente ânsia dos que tem que se engolir triturados dia após dia, buscando salvação ao regurgitar suas iras!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Cabelo verde-fogo

Se tenho um ofício que nada me acrescenta
Nada me tira e nada me traz
É porque esculpindo-me o grande e duvidoso criador
De esmero mau gosto me quis folclore
Sou Curupira e ando pra trás.
Empurrando despercebido e sozinho o caminho dos que andam em florestas de fumaça verde fugaz
Sigo no meu inverso lambendo pólen maduros da falta que a falta faz.


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Mensagem subliminar

Ana acorda!

Uma figura desfocada que passou no meu portão durante o sono de um sonho quer afrontar o meu sistema, me implanta pensamentos desnecessários e com seus traços me envenena.

A figura era cega, deforme, mutável, com feições tão conhecidas que me põem em decadente reflexão irremediável. Já não me inquieta a vida? Será que ao menos não posso dormir o sono dos justos sem sustos?
Eu persegui a figura do portão durante o sonho, foi o sonho da minha juventude. O que eu consegui?

Caleidoscópio de emoções e metamorfoses.

Fugindo e sempre em movimento, de várias formas a mesma coisa repetidas vezes, há falta de argumentos que possam explicar o quanto é desesperador conhecer e não ver, ver e não saber, querer e não ter.

Ao dormir se ama, ao acordar se odeia, ao viver se mata.

 A morte do amor me deixou um legado de dúvidas, fez um quebra cabeça da minha carne retalhada com as tragédias do meu mundo, e este está espalhado em inúmeras dimensões, eu não posso montar.

Posso como desculpa projetar minhas frustrações na figura, já que ela não é nada além de uma insignificante deformidade espectral invasora de sonhos. Que vague com sua cegueira no seu caminho roubado da minha mente, que vá para o inferno e nunca saia!

Se tenho necessidade de corpos e palavras em forma de catarse, é para cegar minhas atitudes no plano das ações, para que eu possa alegar que sou eu a minha própria criatura, é inadmissível que ela ainda seja reflexo de outras pessoas. Te asseguro que não é.