Escrevo em
meio pedaço de papel uma história que começa com arrepios e ânsias, que me leva
as oito maravilhas do mundo nascidas de sementes regadas por meu suor saliva e
lágrimas plantadas em meu ventre, sorrio pra vida, debocho da dor, sou maior
que o Everest, me jogo mil e duzentas vezes do Everest.
Parto para
onde todos, os sim ou não chapeleiros, são seriamente malucos. O tempo
atemporal derrete fora do quadro de Dali pintado dentro de mim, quero me
libertar da construção, da rua, do chão, oscilo entre horas e segundos onde
conseguir ou não se somam no mesmo produto da equação da minha alma que tem
forma de água viva.
As
informações se acumulam em minha mente pairando sobre o segundo eu onde o fio
de ouro da vida é bifurcado pelas Parcas diretamente do fundo da caverna de
escuridão de todas as cores e texturas.
Evito o sol
como quem evita as serpentes de Medusa, me suicido com Marilyn Moroe, durmo o
sono dos justos, acordo em um mundo monocromático, monótono, monogâmico, (as
vezes) preciso e prefiro meu universo paralelo.
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