terça-feira, 27 de outubro de 2015

Contras de sonhos

Serve pra contar
mas não pra fazer conta
1 dia vezes 300 rostos
que o norte não aponta
Herói fantasma
Que carga mística você tem?
que sonho e vejo a semana que ainda vem?
Seduz calado
Ilícito elixir dos anos passados
A boca conta o tempo
e o tempo come a gente assado
1 brinde do contra à ela!
Que na paralisia do sono berra!
Conto ou não conto? Ou Guerra?
Te retraio
Perdi as contas
quantas vezes me traio
Sorrindo taciturna de soslaio
Somando o mundo
Sonhando mudo
Vomito orgulho
no dia futuro
até que o sol suba no muro
é que no fim das contas raio

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Asas Fracas

Ansiosa é a calma da esperança e invade a alma
Tatuada pra que eu não esqueça o quanto vale a causa
Se uma tempestade me impede de ver a falha
Menina e mulher reerga-se na fé que é maior que uma muralha
Minha intensidade é bondade que com fraqueza me comparam
Mas mais fraco é o forte veneno que mentes e corações estragam
Se revira meu estômago minha vida e minha casa
Em um único dia sou carvão fogueira e brasa
Solte-me mundo! Que pra ti venho guardando mais de dois metros de asas


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Vitamina

Na engrenagem de tantas e todas as frustrações guardadas enfim, tatuo e auto-retrato, permeio não definir no ato o que não tem nome e se esconde em mim.
Há um confronto entre os que ousam ter compaixão em ser vítima e monstro, quanto mais descubro a luz também à sombra me destronco.
Desistência efêmera por raiva contida na intensidade de uma alma adoecida, descontada as vezes em gole, as vezes em arte, as vezes em vida.
Fascínio na desgraça que liga o sublime olhar dos que amam beleza e carnificina.
Interior rasgado em tiras, insolente ânsia dos que tem que se engolir triturados dia após dia, buscando salvação ao regurgitar suas iras!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Cabelo verde-fogo

Se tenho um ofício que nada me acrescenta
Nada me tira e nada me traz
É porque esculpindo-me o grande e duvidoso criador
De esmero mau gosto me quis folclore
Sou Curupira e ando pra trás.
Empurrando despercebido e sozinho o caminho dos que andam em florestas de fumaça verde fugaz
Sigo no meu inverso lambendo pólen maduros da falta que a falta faz.