terça-feira, 30 de julho de 2013

Libertar, ou interrogar?

Do que você precisa se libertar?
Eu não acredito no que é bonito, eu não sinto o que acalma,
eu penso que não gosto do agrado, eu finjo que não tenho alma.
Do que você pode me libertar?
Eu lamento o que já foi, me arrependo do que poderia ter sido,
amo o que não existe, odeio não estar mais perdido.
Do que eu eu preciso me libertar?
Eu tremo de incerteza, eu temo o (muito) prazer, eu desfruto de um mau fruto, o que é bom eu me forço à não merecer.
Do que você precisa me libertar?
Eu preciso ter paciência, gritar baixo e correr devagar, eu quero ficar sozinha, mas sem que eu saiba, que seus olhos fiquem a me vigiar.
O que é nós (libertar)?
Eu não sei fazer nada direito, aliás tanto não sei fazer, que não aceito se vai além, chega a ser desesperador um sentimento que me faz bem.
Você poderia me libertar.
Eu prefiro agredir minha vontade, não quero ver, e  toda hora tenho saudade, sinto muito se nem eu sei de mim, de toda as incertezas a certeza que encostada em seus braços esqueço de ser assim.
O que um abraço pode libertar?



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