De todas as
causas e efeitos, o que me coloca em risco são os olhos que eu nunca comi,
e por falta de uma indecente sabedoria, inventei uma tabela de dilemas que
decifram olhos que nunca vi.
Olhos
castanhos que eram mel e depois verdes, chegaram ao tom de olhos cor de ana se
perde, com pintas em órbitas arrebatadas de uma galáxia profunda e vazia.
Os olhos
marrons-claro-rasos adjetivam não só as cores. Raso e vazio.
Sou esfinge devoradora
de olhos, satisfeita em comê-los cozidos e bem fechados para que eu não veja o degrade
de mentiras rebuscadas em suas cores.
Os olhos mentem em suas cores, e não só de cores vivem e mentem os olhos, (em todos) o meu reflexo eu vi em uma terra de olho por olho, devora-me ou te devoro, que eu já não enxergo mais.
Os olhos mentem em suas cores, e não só de cores vivem e mentem os olhos, (em todos) o meu reflexo eu vi em uma terra de olho por olho, devora-me ou te devoro, que eu já não enxergo mais.
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